Até uma gota d'água consegue se diferenciar das outras em meio a uma imensidão sem fim de gotas iguais...Mas por que nós, seres humanos, instituídos por uma razão e uma pretensa capacidade de pensar, insistimos tanto em sermos iguais uns aos outros?

Vivo a diferença a cada suspiro meu, a cada gota de suor, a cada raio de sol, a cada novo luar, a cada sinapse neurótica de meu cérebro, a cada instante, a cada momento, a cada sempre...

Viva a diferença, não ao estereótipo!



"Ser poeta não é ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho."

Fernando Pessoa

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Metrópole Urbana


O cheiro dos lixos que infestam as cidades

suas ruas, seus espaços, suas metades.

Metade de gente que produz o lixo cotidiano.

Metade de gente que é o próprio lixo humano.

 

Quadriláteros urbanos, conforme preceitos médicos

contornam as artérias da urbe, repetindo ideais ascéticos

de metrópoles limpas e saudáveis – em suma higiênicas.

Ruas que se conformam em vomitar verdades anêmicas.

 

A cólera, a embriaguez, a loucura, a degeneração

males que nos acometem em tempos modernos

nos espaços urbanos que tomamos como nossos.

 

Desordem, palidez, delinquência e vadiação

eventos que reclamam remédios todos os invernos

nos espaços urbanos que tomamos como nossos.

 

 

20.maio.2013

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